Assim como nós humanos, os cachorros também podem desenvolver uma série de alergias, inclusive, de pele.

E a dermatite em cachorro, além de ser muito comum, atinge cães de todas as idades e raças.

Então, aquele coça-coça insistente que você observou pode não ser pulga e sim, alergia. 

Para entender mais sobre o que é a dermatite canina, causas, sintomas, tratamento e como prevenir o seu cãozinho, continue acompanhando o post!

O que é?

A dermatite em cachorro aparece em forma de inflamação ou infecção que atinge a pele dos cães podendo causar sintomas desagradáveis como coceira e vermelhidão.

Todos os doguinhos, independente da idade ou raça pode vir a ter a dermatite de cachorro. No entanto, Labradores e Pitbulls possuem uma predisposição genética maior para desenvolver a doença.

Outras raças, como Cocker Spaniel e Golden Retriever também sofrem mais riscos de contrair a alergia de pele por conta de seus pelos longos e espessos.

Sintomas

As principais áreas onde a dermatite canina podem ser encontradas no seu cão são:

• Orelhas;
• Patas;
• Barriga;
• Axilas

Certas condições da pele também podem afetar o rosto e as costas do animal.

E, apesar de existirem diferentes tipos de dermatite de cachorro, os sintomas comuns são:

• Coceira excessiva;
• Descamação da pele;
• Aparecimento de feridas com ou sem pus;
• Vermelhidão;
• Queda de pêlo localizada ou generalizada;
• Lambidas frequentes;
• Pele oleosa ou com odor;
• Mordidas nas patas em excesso;
• Manchas no corpo.

Geralmente, a dermatite em cachorro surge acompanhada de sintomas leves, como coceira excessiva e descamação localizada. 

Contudo, não se trata de uma regra. Por isso, o ideal é buscar a ajuda de um veterinário diante de qualquer um dos sintomas relacionados acima.

Causas da dermatite em cachorro

A dermatite em cachorro é uma doença que pode tanto se desenvolver sozinha como ser um sintoma de um outro problema de saúde, como no caso da síndrome de Cushing (relacionada a problemas hormonais).

No entanto, a grande maioria dos casos surge realmente de quadros alérgicos. Confira quais são as principais causas da dermatite canina a seguir:

Predisposição genética

Como mencionamos no início do post, alguns cães já possuem uma predisposição genética maior para desenvolver a chamada dermatite atópica canina.

Em outras palavras, trata-se de uma reação alérgica forte a poeira, pólen, ácaros, poluição, dentre outros elementos comuns de ambientes. 

Infecção bacteriana

Quando uma ferida aberta é infectada por uma bactéria resistente, o cãozinho pode vir a desenvolver um quadro sério de dermatite canina. 

Como consequência, o local pode começar a produzir pus, apresentar vermelhidão e causar uma coceira insuportável no seu pet. 

A piodermite é uma das infecções bacterianas mais comuns e atinge cães de diferentes raças e idades.

Alergia alimentar

A alergia alimentar é uma das causas de detecção mais difícil, pois, o cão pode desenvolvê-la através dos anos. 

Ou seja, mesmo que a ração continue a mesma de sempre, ele pode vir a apresentar a alergia mesmo assim. 

Portanto, é preciso se atentar bem aos sintomas que o cãozinho apresenta e como ele fica logo após comer sua refeição.

Infecção fúngica

Além das bacterianas, as infecções por fungos também podem causar dermatite em cachorro. 

Novamente, todos os cães estão sujeitos ao desenvolvimento da doença, mas, raças como Poodle e Shar-pei – por conta da pelagem ondulada e das dobrinhas pelo corpo – tem um risco maior de acumularem fungos pelo corpo se não higienizados devidamente com frequência. Ou ainda, se não forem secos adequadamente após os banhos.

Lambidas

Tem um pet ansioso em casa? Então, é preciso ficar de olho nas lambidas excessivas nas patinhas. 

Os cães desenvolvem esse hábito de lamber as patas para aliviar a ansiedade que sentem ao esperar pelo dono, ração, ou por não gastarem toda a sua energia diária.

Só que essa mania aparentemente inofensiva pode acabar desencadeando uma dermatite psicológica, também conhecida como dermatite psicogênica. 

O excesso de lambidas vai causando lesões na pele e pode levar a quadro de infecções. 

Alergia a picada de insetos

Muito comum em humanos, a alergia à picada de insetos também pode se desenvolver em cães. 

Há vários tipos, sendo que a mais comum é a Dermatite Alérgica à Picada de Pulga (DAPP), onde a pele do cãozinho passa a ter zero tolerância e hipersensibilidade alta à saliva das pulgas. 

Mas, elas não são as únicas vilãs. O cachorro também pode vir a ter alergia a picada de abelhas, carrapatos, mosquitos e outros parasitas. 

Para evitar que o seu cãozinho seja atacado, a indicação é usar repelentes específicos para afastar os insetos. Inclusive, esses produtos são ótimos companheiros para uma viagem tranquila com o cão.

Quer dicas de como viajar com cachorro? Confira neste outro artigo.

Dermatite em cachorro: como tratar?

É possível encontrar na internet alguns conteúdos que indicam remédios caseiros milagrosos para tratar a dermatite em cachorro.

No entanto, essas receitas domésticas não são indicadas, pois não há como saber, sem um diagnóstico médico especializado, quais são os componentes que estão causando alergia no seu cão.

Portanto, é possível que, ao tentar ajudar, você acabe contribuindo ainda mais com a coceira e a descamação. 

O único responsável por avaliar e indicar o melhor tratamento ao seu pet deve ser o médico veterinário. Que, ao analisar o histórico, alimentação e condição da pele do seu amigo canino, poderá receitar uma dieta hipoalergênica, antifúngicos, antibióticos e até antialérgicos.

Para cachorros que sofrem de dermatite psicogênica, ainda existe a chance de serem receitados antidepressivos e ansiolíticos que ajudam no humor e bem-estar do pet.

Portanto, é fundamental que você observe bem os sintomas e comportamento do cão e busque a avaliação de um veterinário para o diagnóstico correto.

E a melhor forma de fornecer qualidade de vida ao seu animalzinho é contando com um plano de saúde pet. Quer saber como funciona, qual o preço e as vantagens? Confira neste outro artigo.

Prevenção

Como vimos até aqui, a dermatite em cachorro pode ou não ter causas genéticas. Por isso, falaremos agora como prevenir a doença de causas que podem ser evitadas. 

Mantenha a casa limpa.

Ácaros, bactérias, poluição, poeira e pólen são possíveis causas da dermatite canina. Portanto, manter os ambientes pelos quais o cachorro transita e os acessórios que ele usa sempre limpinhos é fundamental.

Dê preferência a produtinhos de limpeza próprios para os pets (como esses desinfetantes), pois alguns componentes químicos que existem nos produtos que são feitos para humanos também podem causar reações alérgicas neles.

Ofereça uma alimentação nutritiva 

Uma alimentação rica em nutrientes é essencial para o fortalecimento do sistema imune do seu doguinho.

Portanto, se possível, dê preferência a rações de qualidade, com menos conservantes e mais vitaminas. 

Utilize produtos específicos para banho

Shampoos, condicionadores, sabonetes, perfumes e outros produtos que tenham contato com a pele do cãozinho devem ser sempre desenvolvidos para eles!

Outros produtos podem contar com elementos químicos em sua composição que façam mal aos cães, causando queda de pelo, irritação e até dermatite. 

Mantenha o antipulgas e o vermífugo em dia

Os parasitas são a causa principal de diversas doenças em cães, inclusive a dermatite. E para proteger o seu cãozinho deles, é necessário manter o calendário de vermifugação e antipulgas em dia. 

Leia também:

Saiba como escolher o melhor antipulgas para o seu pet

Vermífugo para cachorro: saiba como protegê-lo corretamente

Mantenha o cãozinho sempre seco

Por último, mas não menos importante, uma das formas de evitar o surgimento da dermatite canina por meio de fungos é evitar que o seu cãozinho fique com os pelos molhados ou úmidos por muito tempo. Principalmente, se ele tiver dobrinhas ou pelos longos.

Aliás, mantê-lo seco é um dos cuidados essenciais com o pet no verão! Confira outros cuidados que você deve ter com o seu cão em estações mais quentes neste outro artigo.

E claro, não se esqueça de levar o seu cãozinho para uma consulta com o veterinário, no mínimo, uma vez por semestre!

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